sábado, 26 de junho de 2010


É a quarta vez que tento escrever algo sobre esse tema e não consigo. Escrevia algumas coisas e deletava, não era eu naquelas palavras, ou as palvaras não saiam ordenadas, não sei. Acontece que na última tentativa tive um insight. O título permanecia me fitando,na verdade, me cobrando a constatação. Não posso escrever sobre coisas de quando eu era criança, simplesmente porque aqui dentro (de mim), ainda me sinto uma criança boba, tola e ingênua. Que espera coisas das pessoas e brinca com o papel e caneta. Como achar que cresci se conservo comigo os mesmos dedos infantis, o sonho de um dia ser alguém e de que gostem de mim? Como não me sentir infantil perto das pessoas enormes que me sufocam, cobram e ironizam minhas tentativas? Me diz porque devo me considerar um adulto ou achar que a infância passou se só me sinto seguro quando minha mãe diz "Está tudo bem!". Se me sinto incompetente para tomar alguma decisão ou ser responsável pela minha própria existência? E se o meu horóscopo cobra que não me vitime, não me vitime, não me vitime - como um refrão do Dominó. E o que eu quero de todos é colo e um afago na cabeça. Se não penso no futuro e minto para mim mesmo que ele nunca há de chegar, enquanto o presente sorrateiro vai destruindo com minha pele e fígado. Não há como falar de algo que ainda não se findou, falar como se fosse um tempo que não existe. Sendo criança eu digo: é dificil crescer!

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