sexta-feira, 26 de março de 2010

encontrar-desencontrar-encontrar (ad infinitum)

Tem gente que a gente encontra na vida, ou esbarra, e não estava preparado ainda para esse tal encontro que podia ser bem revelador. Pois é, as vezes a gente perde a oportunidade de conhecer alguém e aprender lições valiosas porque ainda não está preparado para isso. É difícil aceitar o outro e suas verdades se isso vai mudar muito de você, bem sei.
Por isso que são muito boas as peças que a vida prega na gente, por exemplo, eu, nunca descarto um encontro mesmo que ele não me ensine nada de imediato, mesmo que não dê pra entender logo de cara pra que veio, eu me mostro, hoje ou depois. Entrego-me e deixo vir esses encontros e desencontros com o desconhecido, com o namoradinho de 2 meses, naquele beijo que não podia deixar de acontecer, com os amigos dos meus amigos que precisam ser conhecidos para o bem de todos, né Dani? Eu deixo que as relações me enlacem, me absorvam (até demais) para que eu aprenda, para que eu ensine. E não importa se eu vou acabar decepcionada, se vou acabar chorando feito louca sentada no meio-fio esperando o último ônibus. Eu dou porque quando a gente encontra o outro, a gente se encontra nele. E muitas vezes quando a gente desencontra, é porque o que a gente era dentro do outro já se foi entende?
Já passou, e pode ser que daqui a alguns anos (olha que isso já aconteceu comigo) você sinta uma saudade enorme do que você era quando estava naquele outro em particular, e pode ser, que um dia vocês se encontrem numa esquina qualquer e decidam viver juntos denovo, mais um encontro entre vocês e não se assustem se esse encontro se desencontre novamente.
Acontece...
Quando a gente enccontra alguém não importa se falta um dente, se o nariz não é afinado, se há uns quilos a mais. Quando há o encontro, não interessa se os partidos são adversários, se os times não se suportam, se é feriado. Quando encontramos alguém não notamos o decreto: ocupado. Nem questionamos se é setembro, dezembro, agosto. O gosto... Ah! É sempre de fevereiro. Vivemos plenos carnavais. Quando achamos alguém é ela e fim de papo. Os olhos se dilatam, as mãos se procuram e as bocas se entregam sôfregas.
Esse alguém é qualquer um. É tudo. E não deixa de ser alguém que liga na madrugada, propõe passeios irrecusávesi, planeja brigadeiro com bolinha.
Esse alguém não se decifra e você não consegue descrevê-la em prosa nem poesia. Alguém torna os textos. È sempre o sujeito assujeitado nas rodas de amigos, família.
E um dia quando o alguém parte, vai embora, finda. Não sobram registros, escritos, memória. Nem nome. É apenas mais alguém que passou pela rotina

quarta-feira, 24 de março de 2010

É da vida.

Essa coisa de encontrar é complicadissíma, principalmente, quando se perde o que se encontra, ou seja, quando vira desencontro.
Eu já encontrei e desencontrei tantas vezes, acho que acaba sendo da vida encontrar e o seu contrário. Realmente o encontro, alguns encontros, não podem ser premeditados por nós reles mortais, mas eu confesso, que essa força maior que insistem em chamar de deus escreveu alguns dos meus encontros de tão bem amarrados que foram. Parecia que havia roteiro, marcação de cena e algum ensaio que só pode ter acontecido no sonho. E como foram felizes esses encontros... Claro que também vivi encontros insanos que acabaram virando desencontros memoráveis pé-na-jaca.
Porém aí está a graça, como se você chegasse no guichê do cinema comprasse um ingresso pra próxima sessão sem saber o nome do filme, "meter as caras" sempre vem acompanhado de um certo risco. Risco esse que as vezes valeu a pena outras nem tanto. Mas é da vida. Encontrar e desencontrar, entregar-procurar-perder.

terça-feira, 23 de março de 2010

quem procura não acha

Falar de encontros e desencontros é mais complexo do que eu imaginei, quando ontem na comemoração do aniversário de Dani sugeri que retomassemos ao blog com esse tema.
O que tenho a falar é que todo encontro é também um desencontro, assim como em toda procura há também uma entrega e virse-versa,e já falamos disso aqui.
Para que haja um encontro é preciso levesa e descontração é preciso não querer não esperar não premeditar e uma porrada de outros nãos, para encontrar é preciso não procurar.E não adianta prometer pulinhos a São Longuinho.