quarta-feira, 17 de junho de 2009

A última carta - revelação -

A ideia sempre foi que você soubesse que eu te escrevi, há algum tempo atrás, um zilhão de cartas que não enviei, que escrevi o mesmo número para alguns outros caras também, que chorei todas as vezes que escrevi para você, chorei todas as vezes que li as cartas que escrevi pra você, por causa de muitos sentimentos. Não, não é só o meu amor por você que me afeta, tantas outras coisas me causas. Tantas outras dores, eu sei, poderia te mandar embora não é? Dizer pra mim mesma, já que adoro falar sozinha, CHEGA! não vale mais a pena... Mas sabe de uma coisa? Vale sim.
Você já não sendo mais o que era pra mim, continua sendo por mais que isso seja confuso, uma inspiração, uma idéia, uma breve epifania.

Escrever pra você e por causa de você, escrever por causa dos anteriores amores também, me ajuda a entender como funciona o meu amor, o meu jeito de amar, o que errei, o que não foi compreendido. Porque é como se quando eu te escrevo eu me responda perguntas que nunca tive coragem para fazer-me sobre o que me causas, ou sobre o que ainda me causas o que é mais assustador.

Escrever... Você bem sabe o quanto isso mexe comigo. Saiba que você ainda mexe também, por causa do que o ato de escrever me causa. É como se por uns instantes eu ainda tenha você, aquele amor, aquele sonho, aquela GRANDISSÍMA MENTIRA. Como se eu ainda acreditasse nela, apostasse. O que eu não faço mais.

Sim eu me permito isso, falar (escrever) sozinha pra um você imaginário, principalmente, porque esse você-sonho me ouve, quiçá até responda uma vez ou outra. Onde eu quero chegar com tudo isso?Pois bem, andei conversando com alguns amigos e chegamos a conclusão que era até injusto privar, -você e todos os outros- das cartas ocultas que revelam tanto... pois bem algumas dessas cartas meu querido foram pra você, algumas dessas verdades são suas. minhas. nossas.

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