segunda-feira, 8 de junho de 2009

Caros críticos

Danem-se. E daí se eu sou desequilibrada? Ou absurdamente curiosa? E frágil? E por que eu tenho que passar a vida inteira tentando corrigir certas coisas que nunca conseguirei corrigir? Vocês não prestam.

Sabem aquelas lojas caríssimas, que tem os vestidos, jóias e carros mais lindos e caros do mundo? Aquelas lojas são cruéis. Porque mostram um mundo talvez inacessível, vocês sabem. E nisso vocês vão, e fazem o mesmo, imbecis inúteis. Vocês fazem uma vitrine de vida perfeita, e sabem o quanto ela é inacessível e cruel. Por que querem que a gente deseje suas vitrines? Por quê?

Se existem honestos amargurados, honrados infelizes, carinhosos desprezados, por que, então, vocês nos enchem todos os dias com sonhos impossíveis? E por que nos deixam com uma vontade louca de buscarmos uma maturidade que, no fim das contas, sempre precisará amadurecer?

Me deixem ser eu mesma. Me deixei tentar ser melhor na medida do meu possível, como o trabalhador que apenas tem seu salário mínimo para sobreviver. Me deixe ir nessa vitrine e conseguir apenas o que for possível. Porque, entendam bem, eu não serei infeliz apesar de não ter o vestido, a jóia, o carro. Porque eu não serei infeliz, apesar de mim.

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